Na porta de Auschwitz
(com a respiração suspensa)O vento toca sem cordasFina música da existênciaUm sopro em AuschwitzDe tão delicado: quase oraçãoDe joelhos sussurra:– Entre, A casa é sua!
(com a respiração suspensa)O vento toca sem cordasFina música da existênciaUm sopro em AuschwitzDe tão delicado: quase oraçãoDe joelhos sussurra:– Entre, A casa é sua!
Ó abismos da minh’alma antigaMeus corações enjaulados nas praçasOlhos vazados nas sombras que emergem sem luzÓ ancestrais ó heróis ó mártiresÓ degredadosDor da alma que suplicaSem repousoDemens ensandecidosSob a cruzEstendem seus domínios Ó loucuraQue abandona Deus! Córdoba– Madrid, 9.01.11
IEu sou só issoMas tudo issoEu sol? IIAo despir o mantoDá-me mais metáforasQue água IIIAo pisar a pedraDeixa-me ser delicadoComo quem pertence IVA minha fome de mimNão se baste à frugal palavraSacie-me o mistério VAntes que tardeA metáfora transformar-seEm árvore… Ler mais »mínimoIMENSO
Cinco anos em umO que envelheciNo último inverno Escrevo no muro:Um menino antigoNasceu no futuro O tempo foge das mãosEntardeço sem relógiosA manhã solar Formigas: (A manhã estrelada)A inveja: quiseraCarregar folhas e flores Pássaros sem medoEstendem-me o cantoCaminho sem males… Ler mais »miniMAIS
Somente osutilDetalhe do rostoNa distânciaIluminavaO sonhoDa Deusa de AtenasQue vinhaDo mais profundo das pedrasDo abismo da memóriaPara a luz extremaDas palavrasQue cantam
caminhopela terracaminho como?este mar outro maresse abandonomas há outra mãedentro do sonoque olha terra emar céu e oceanoeste porto este portoraiz asa esta casaque vivo oumortosomos um eternosmãe eu sei um dianaquela terra sonhadapor Mariaquem sabe Mãe Divina!me dariao abraço… Ler mais »mãe
Andaluz, AndaluziaO que tu serás seria?O silêncio das laranjas?As luas recolhidas?A luz redonda?O menino louco?Sirius onde há meninos?A menina que comia romãs?Anéis de águaA noite molhadaAs luzes das mariposasAlecrim de IsabelO mel de Carmencita Luas pomares de naranjoMe respondamA esse… Ler mais »Lunas de Federico
Como um velho marPétala a pétalaO coração renasceCiclone de cem navios antigosE um sonho que não sossobraNas borrascas ancestraisSinto o cheiroDa velha cidadeSuas urnas e velasE choros por guerreirosE a espada de AnitaFincadaentre causas sem lei
sim – a vidasempre me foi vastadeusa nuafêmea casta líriosforam todosamadosqual um filhodo destino – e crivode amareso sangueda maravilha: estou vivo!
Te tocarei com dedosQue se espantamNa imóvel vozOnde nasce o delicadoE com sonhos silenciososComo estátuasNa noite onde as águasSe formam com o soproDe todos os iníciosQuisera guardar na caixaDos avessos.A bruteza do ríspidoQue a chuva não levouE o sofrimento dos… Ler mais »Joly