mitos
qual a distânciaentre o ser e o inteiroo voo?ou o triste destinode Ícaro?
qual a distânciaentre o ser e o inteiroo voo?ou o triste destinode Ícaro?
morre o amor na última vértebra da línguadepois – o silêncio que só os vivos entendem: a dorentão renascemosé sempre assima mágica dos dias
correr para onde se a vida é braçose não posso mais fugir de Ti?e a toda existência é luzque caminha ao infinitoe o infinito devoraa dor e o minério
tempo me diga me diztu memóriae raiz – nesta páginafui feliz?
ainda não sei de que barro sou feitosei que é de um minério quase Deusque me faz tão terra e mais estrela
o detalhedo rostona distânciailuminavao sonhoda deusade Atenasque vinhado mais fundodas erasdo abismoda memóriapara a luzextremadas palavrasque cantam
(de duas epístolas de Sêneca) Abraça todas as tuas horas,Meu caro Lucílio,Que a vida transcorreenquanto nos dispersamos.Nosso não é ainda o que virá,E o que passou, a morte já o possui Alheias sãoas coisasO tempo, sim, nos pertence, LucilioCultiva, na… Ler mais »Seneca Lycilio Suo Salutem
breve pausadorme o meninoa vida está salva
Quando o vento trouxer as tuas víscerasE a tua palavra amanhecer na memória dos meninosTuas laranjas orgulhosas e a tua línguaenfurecidaPovoarão as manhãs do espantoE as forças de todas as dores se renderãoAo reino da espiga para Federico Garcia Lorca
mãe era quintalpai palavramãe alimentava avidacom pão e chuvapai nomeava o inomeávele nascia o sonoe a sededaágua espantadae com o amarelo dos pãespintávamos a casaa almaea presença