mortos
chorar os mortos vida de rios e mares derramados dos olhos o corpo líquido vermelho melhor os olhos secos a alma sem exclamações o puro entendimento da vida finita e bela não mais chorar os mortos nem soltar as mãos… Ler mais »mortos
chorar os mortos vida de rios e mares derramados dos olhos o corpo líquido vermelho melhor os olhos secos a alma sem exclamações o puro entendimento da vida finita e bela não mais chorar os mortos nem soltar as mãos… Ler mais »mortos
a solidão do mundo deu-me pouco: alguns metros sem verde céu ou mar a dádiva da vida deu-me mais: amor três gatos um lar para Joly
naquela época eu chovia tanto não havia estações a acalmar o pranto depois chegava firmamento claro nuvens se ajoelhavam de repente para contar histórias de temporais que se acalmaram com a fé e a dor vencida onde sempre se alça… Ler mais »depois da chuva
hora o tempo me sopra hora que me devora então a criança chora nem sabe onde mora se fica se vai embora se vive dentro se fora sabe que cresce tece e entardece como quem veste de luz a extrema… Ler mais »s’imbora
tem inclinação para árvore nascido na desordem dos rios ouve a língua dos ventos sonhos sopram caminhos parceiro de horizontes a montanha dita destinos a pedra é amiga sincera soletra o alfabeto dos bichos jardineiro de memórias palavras revelam tesouros… Ler mais »decifração de Krenak
de tudo me alimentodo ácido vinhodo suave alentovezes tentooutras entendoali o extremo veioonde se escondeo inteiro e meio___________ na viagemirei sozinhocomigoo caminho___________ daquela pedra eu sabiamostrava caminhosque impedia___________ faz-me sola estrelado outro___________ mim e Ti somos doisa breve hora e… Ler mais »Poemas do livro BrevETERNO, 2021
o que une o loucoà vida resplandescente?responda-meamorresponda-mecom tua palavra de ouroque atravessa a escuridão profanae faz-se luz arborescente o louco na calçadacabeleira de esmeraldae sacolas de onde pendeminfinitos sinos que respiram responda-meamora loucura não é a dor impossível?a que renascena… Ler mais »o louco
poetas habitamvelhos casarões abandonadosda almae trazem consigo a palavra perdidajogam ao ventoum sopro de desassossegosnos passantese nos seres endurecidospela máquina do dia tornam o verbo mais puro e jorram fontessobre os murosda cidade impossível _____________para rubens jardim
Ia vida tem tantas facescada face seu cristalcada cristal um espelhoque se mostra no final IIassim se sabe o que foise foi bem ou se malse luz ou escuro medrouentre a face e o cristal IIIa vida tem quantas facescada… Ler mais »faces
quandoa minha metadese somar à tuae a tua metade estiverinteiraem mim a vida cresceráà pele da terra o outro não serámais outro a poesia será feita enfimde duas metades não será necessário sonhara metadeque falta