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idades

não és apenas
a idade solar
ponteiros cravados
na dor do finito
(disse-me o mestre)
és o rio que corre
a semente madura
e pronta
o sopro que punge
o coração

não és o espelho
que devora o resplendor
narciso iludido
com sua beleza
tu és aquele que
redescobriu a inocência
a vetusta imagem
que saltou da moldura
o rosto esplêndido
com rugas acuadas
pelo sonho
do existir

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