que rugas amanheceram
para que a face
te marcasse
com assombrosa
máscara?
que vida desenhavas
nas mãos
quando
o trem partiu
vazio?
caminhas agora
nulo de sonhos
e as manhãs
dormem
na tua passagem
no escuro
pirilâmpagos
esquecem de brilhar
quando a noite recolhe
teus passos
na esquina
Sensivel, delicado poema sobre a noite de cada um