______________________À morte
A morte virá de qualquer jeito, Anna.
Tu sabes bem – E como sabes!
Todos já conhecem a
Tua fábula
______A tua náusea
O zelador pálido
Ainda não abro a porta
Nem apago a luz
Nem te espero
Não quero sombras terríveis
Mas passagem mansa e doce
Uma vela frágil
se apagando contra o sopro
quase inútil do tempo
Com a pureza do lótus
Perdendo as raízes pouco a pouco
E subindo para algum lugar sonhado
Anna, não sei
de qual inferno ou céu tu falas
Mas vejo tua esfinge solar
– simples e maravilhosa –
Abrindo os portões para a manhã
Da tua estrela